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ESG: por que sua empresa precisa entender e refletir essa perspectiva

Conheça os princípios e benefícios do ESG, conceito cada vez mais adotado por empresas e exigido por consumidores e investidores ao redor do mundo.




Pautas sociais e ambientais estão cada vez mais discutidas e adotadas em nossa sociedade, inclusive no mundo empresarial. Devido a isso, o conceito de ESG tem estado em forte evidência. Esta sigla, que se refere ao termo “Environment, Social & Governance” (Ambiente, Social e Governança) diz respeito a práticas tomadas por organizações e seus colaboradores que gerem excelência não apenas na governança de seus negócios e empresas, mas também em questões ambientais e da sociedade como um todo.

Nesse sentido, engana-se quem pensa que o ESG deve ser levado em conta apenas para fazer uma boa ação como instituição. Adotar esse conceito tem sido cada vez mais importante para a sobrevivência de diversos negócios. Uma pesquisa feita pela Union + Webster apontou que cerca de 90% dos consumidores dão preferência para produtos e serviços ofertados por empresas que possuem compromissos socioambientais.

Não são somente os consumidores que estão de olho nessas pautas. Um estudo feito pela Bloomberg projetou que a agenda ESG pode levantar cerca de US$53 trilhões em investimentos até 2025. Portanto, vale a pena ficar por dentro deste conceito e saber como você e o seu modelo de negócios podem fazer parte deste novo segmento.


ESG na prática

Na prática, adotar o ESG significa que as organizações e seus colaboradores deixam de focar e ter ambições visando apenas a geração de caixa e lucro, adotando os três pilares deste conceito:

  • Critérios ambientais – tratam dos impactos que a companhia pode gerar no meio ambiente.

  • Critérios sociais – tratam dos impactos que a companhia pode gerar na sociedade.

  • Critérios de governança – busca uma maior transparência entre a companhia e seus investidores, acionistas e demais partes interessadas.

Assim sendo, uma empresa que verdadeiramente siga essas diretrizes não tomará ações que vão contra esses pilares, mesmo quando em benefício próprio. Como exemplo, podemos citar uma companhia que deixa de comprar uma matéria-prima barata, mas prejudicial ao meio ambiente, para adquirir insumos mais sustentáveis.

Apesar dessa decisão impactar o balanço e caixa da empresa no curto prazo, ela pode trazer inúmeros benefícios no médio e longo prazo, sem falar que melhora o nosso convívio como sociedade no nosso planeta.


Por que este conceito é tão valorizado?


Antes de nos aprofundarmos nos critérios e boas práticas que precisam ser seguidas para ser uma companhia ESG, precisamos ressaltar o porquê que você e sua organização deveriam adotar esse conceito.

Como mencionado anteriormente, tanto os consumidores quanto os investidores em geral passaram a se importar mais com essas questões. Os motivos são óbvios. As pessoas desejam ser mais representadas, se voltando para as companhias não somente pela qualidade e preço de seus produtos e serviços, mas também pelos ideais e valores que elas defendem.


Além disso, questões como aquecimento global, desmatamento e falta de recursos estão se tornando cada vez mais sérias, fazendo gestores e investidores se darem conta que algo precisa ser feito. De nada adianta ter certas vantagens econômicas de curto prazo ao adotar medidas não sustentáveis se elas irão acabar com os recursos necessários para a organização ter crescimento lá na frente.

Nesse sentido, vale destacar que empresas ESG estão bem menos suscetíveis a multas e sanções impostas por órgãos reguladores, que também estão cada vez mais preocupados com questões sociais e ambientais.


Critérios e práticas a serem seguidos


Agora que ressaltamos a importância de ser ESG, chegou a hora de mostrarmos como você pode aplicar este conceito no seu trabalho. Há diversas práticas referentes a cada um dos três pilares que podem ser seguidos pela sua organização, sendo os principais:


Práticas ambientais

  • Buscar alternativas que diminuam o impacto do processo produtivo no meio ambiente.

  • Redução do uso excessivo de matérias-primas e demais insumos.

  • Redução na emissão de poluentes.

  • Gerenciamento eficaz do descarte de produtos e lixo.

  • Apoio a projetos de proteção e preservação ambiental.




Práticas sociais

  • Preservação dos direitos humanos e trabalhistas de seus funcionários e demais colaboradores.

  • Valorização da saúde, segurança e bem-estar no ambiente de trabalho.

  • Apoio a diversidade e inclusão.

  • Suporte a causas sociais e grupos minoritários.

  • Foco na satisfação dos consumidores.


Práticas de governança

  • Adoção de práticas e regulamentos contra corrupção e lavagem de dinheiro.

  • Estabelecer valores, postura moral e ética que devem ser seguidos nos negócios.

  • Bom relacionamento com acionistas e partes interessadas.

  • Bom relacionamento com a imprensa e demais órgãos da sociedade externos ao ambiente de negócios.

  • Definir uma boa política de compliance.


Modelos de negócios para se espelhar


Apesar do foco no longo prazo, já existem diversas empresas e organizações que estão colhendo frutos ao adotar princípios e práticas ESG. Segundo a metodologia ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial), as 10 companhias que estão tendo destaque neste segmento no Brasil são:

  1. EDP – Energias do BR – Nota 90,25 no ISE

  2. Lojas Renner – Nota 85,13 no ISE

  3. Telefônica Brasil – Nota 84,09 no ISE

  4. CPFL Energia – Nota 81,99 no ISE

  5. Natura – Nota 80,89 no ISE

  6. Klabin – Nota 80,81 no ISE

  7. Itaú Unibanco – Nota 79,9 no ISE

  8. Ambipar – Nota 79,04 no ISE

  9. Suzano – Nota 78,79 no ISE

  10. Engle Brasil – Nota 79,22 no ISE

Vale também ressaltar que nossa bolsa de valores (B3), já conta com diversos fundos de investimento que seguem critérios ESG, como o ECOO11, GOVE11 e ISUS11.

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